Puig lidera um grupo de pesquisadores da América Latina ligados ao GenoMEL, consórcio internacional com sede na Inglaterra que tem como objetivo identificar mutações que aumentam a propensão a esse tipo de câncer e estabelecer protocolos para o acompanhamento de pacientes de alto risco. “Além do histórico familiar, existem outros fatores que usamos como marcadores para medir o risco. Pessoas com mais de cem pintas ou com pintas consideradas atípicas, ou seja, bordas irregulares e mais de uma cor, são mais propensas a desenvolver a doença”, observa a pesquisadora.
Se, além dessas características, o paciente tiver histórico anterior de melanoma, a probabilidade de ter um novo tumor é 500 vezes maior que a de uma pessoa comum. Se ainda por cima seu teste genético for positivo para uma das mutações já conhecidas, afirmou Puig, a probabilidade é mil vezes maior.“Esses pacientes de alto risco, se não forem identificados e adequadamente tratados, poderão morrer de melanoma . Mas, com o diagnóstico precoce, podemos praticamente zerar a mortalidade”, adverte.